Sim, i haver a dream. Esta madrugada sonhei que os maiores craques da actualidade do futebol mundial acederam ao vídeo do jogo em que a selecção de Angola de amputados goleou a sua congénere da Itália por sete bolas a zero.
Após terem visto esse jogão de arte dos amputados angolanos -- que teve lances e golos que constituem obras primas seja qual for a modalidade ou classificação desportiva --, os astros do desporto-rei ficaram maravilhados.
Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Neymar Júnior, Mbapé, Sadio Mané, Benzema e duas dezenas de outros futebolistas de semelhante estatura resolveram fazer uma "vaquinha" que resultou numa doação milionária, em euros e dólares, a favor dos nossos futebolistas de muletas.
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Na verdade, a iniciativa partiu do senegalês Sadio Mané, que ao natural talento para o futebol junta elevadas doses de generosidade como ser humano.
Habituado a doar parte não desprezível dos milionários rendimentos que obtém a jogar futebol em obras de caridade e beneficência no seu país, foi um Mané comovido e banhado em lágrimas, que twitou para os seus colegas propondo-lhes então o gesto caridoso em favor dos jogadores da selecção angolana de amputados.
No total o montante recolhido nesta iniciativa atingiu uns cinco milhões de euros.
O meu sonho estava a correr lindamente, mas acabaria, aí por volta das 3h50, por resultar num incrível pesadelo.
É que o dinheiro doado pelos craques planetários foi transferido para uma conta titulada por um órgão federativo do futebol nacional. E aí, os maldosos dirigentes desportivos angolanos da tal federação -- que ao contrário da generosidade natural de Sadio Mané têm gravemente implantados no lugar do coração o ADN da corrupção e da maldade -- apossaram-se do dinheiro.
Nessa parte do sonho que se transformou em pesadelo, eu clamava para que, entre nós, surgisse alguma alma condoída e travasse o roubo que estava a acontecer.
Mas nada. Era inútil gritar. Ninguém ligava para o meu SOS nocturno.
Nem os agora aparentemente zelosos agentes da Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE) estenderam os braços para livrar aquele dinheiro das manápulas de seres que se habituaram, qual vampiros, a alimentar-se do sangue jorrado por subornos, gasosas e outros filhos paridos pela corrupção em Angola.
Escusado será dizer que despertei, madrugada adentro, encharcado em suores.
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