DEBATE OU LOMUNDO?



Desenvolvimento e democracia andam de mãos dadas. E por falar em democracia,  é imperativo repensarmos  um modelo de debate mais inclusivo e equilibrado, quer em rádio, quer em televisão. 


Assim, o público veria assegurado o seu direito a uma informação mais plural e isenta, através de um debate democrático no espaço público, um fórum de discussão aberto a todos os cidadãos.


Em vez de esclarecer dúvidas dos cidadãos e apresentar diferentes argumentos sobre o desenvolvimento de Benguela, o que, ontem à noite (quinta-feira), a partir do Museu Nacional de Arqueologia em Benguela, assistimos foi mais do mesmo. Um "lomundo entre camaradas", onde, infelizmente, o "monocordismo" e a ausência de "vozes dissonantes" foi o grande destaque da conversa de bar, para além daquela relíquia chamada Land Rover, abandonada no museu e que, diga-se em abono da verdade, acabou por ser o ângulo mais interessante do debate. 



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Voltando à vaca fria. O que impediu quem promoveu a "sentada em directo" de oferecer aos telespectadores um "menu" mais recheado, sabendo de antemão que nem todos comem pão com chouriço?


É mister gastar tantos recursos do erário em meios técnicos e humanos apenas para passatempos num espaço que se apregoa ser nosso? Tantas viaturas movimentadas de Luanda para Benguela apenas para uma conversa fiada, para boi dormir, que os iluminados apelidaram de debate sobre o desenvolvimento. 


Como os quatro debatedores  partilham os mesmos ideais político-partidários, era sensato  convidar, também, um representante da oposição para o necessário equilíbrio. Ou a ideia de que somos todos disto tudo ainda não morreu?


Que debate é este que exclui a participação de outras vozes dissonantes e bem conhecidas da nossa praça local, nomeadamente o eng° Isaac Tchikundama Liyale Sassoma, o dr. Amaro Ricardo, o empresário Edgar Oséias, o dr. Carlos Carlos Pacatolo, o eng° Felisberto Felisberto Amado, etc. E o governo provincial cadê? Seria uma oportunidade para explicar com que linha e agulhas vai costurar os remendos que Benguela apresenta?


Que debate foi aquele em que os principais actores/impulsionadores do desenvolvimento não foram tidos nem achados? 


Porque se calam as vozes da sociedade civil, cadê a universidade pública (a UKB) e outras instituições de ensino superior privadas?


A participação dos cidadãos, das mais diversas áreas, na vida pública é a garantia de uma democracia forte.


Da próxima vez comuniquem melhor.


PAREM DE BRINCAR DE TELEVISÃO


José Honório




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