Retrato falado do poder angolano de A a Z: VERA DAVES (38 ANOS)



É a Margaret Thatcher do Governo Lourenço. Quando escancarou as portas do Ministério das Finanças, ainda como adjunta de Archer Mangueira, assumindo as funções de secretária de Estado para as Finanças e Tesouro, Vera Daves, que passou mais tarde a ser também de Sousa (o sobrenome do marido), já dava sinais aos seus colegas do Governo de que os tempos eram outros e que as despesas supérfluas com os dinheiros dos contribuintes angolanos teriam os seus dias contados.


 Foi pela sua voz que se ouviu, pela primeira vez, um membro do Governo assumir publicamente que a Dívida Pública não era verdadeira. Devido à sua exposição nos dossiers mais sensíveis do País, que criaram amarguras nos sectores mais conservadores do ‘Kremlin’, João Lourenço sentiu a necessidade de catapultá-la para o Bureau Político do partido governante, apesar de ser uma militante novata. ‘Desmantelou’ o caso Lussaty e pôs de sentido os militares do Clube Desportivo 1º D’Agosto, reduzindo a verba mensal de 800 milhões para 200 milhões Kwanzas, que provêem do Orçamento Geral do Estado.




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 Pelo meio, a titular da pasta das Finanças viria a protagonizar um acto histórico e destemido: numa carta enviada ao gabinete de João Lourenço, Vera alertou para as irregularidades e incongruências nas contratações e adjudicações directas sob chancela do Presidente da República. É por esta razão que agora ganhou a alcunha de ministra do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ou seja, não fosse o dossier FMI, depois desta afronta, observadores em Luanda afirmam que Vera Daves de Sousa era uma “carta fora do baralho”.


Nelson Francisco Sul | Novo Jornal 





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