Em 2013, quando Nelson Mandela morreu, as Nações Unidas declararam-lhe a titulo póstumo com a designação de “CAMPEÃO DA LIBERDADE E DA RECONCILIAÇÃO”. Há poucos anos, os lideres africanos instituíram uma estrutura ao estilo de “conselho de sábios” na qual 23 Chefe de Estados indicados passaram a ser chamados ou designados por “campeões”. O objetivo desta estrutura segundo documentos é de “impulsionar a agenda continental ao mais alto nível”.
Cada Chefe de Estado (campeão) recebe responsabilidades na área que for designado e depois apresenta relatórios sobre as atividades atividades desenvolvidas no período compreendido entre as cimeiras da União África. No ano passado, por exemplo o Presidente da África do Sul ficou com a comissão sobre os assuntos do Covid-19, e foi designado por “campeão sobre o coronavirus Covid-19”, durante a 34 cimeira da União Africana (UA). Nesta mesma cimeira, o Rei do Lesoto foi o “Campeão para a nutrição”, o do Gana foi designado como o “campeão para as instituições financeiras da UA”
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A presidência sul africana, num comunicado de 27 de Maio, lembra que em resposta as ameaças do terrorismo e violências extremas no continente, a República de Angola, propôs durante uma assembleia da UA realizada em Fevereiro deste ano a realização de uma cimeira extraordinária para debater o “terrorismo e as mudanças inconstitucionais em África”. O Presidente da Guine Equatorial, segundo o documento aceitou que a cimeira dos “campeões” fosse realizada no seu país.
João Lourenço, o estadista que fez a proposta desta cimeira extraordinária que não fazia parte do “conselho de campeões”, da UA, recebeu a missão de ficar com a “comissão de reconciliação e paz”, que na linguagem adoptada entre os pares foi designado “campeão da reconciliação e paz em África”.
Angola realiza eleições em Agosto próximo. Se o vencedor for Fernando Manuel, Mfuka Muzemba, Adalberto Costa Jr, ou Bela Malaquias, este assume automaticamente esta responsabilidade e na próxima reunião do órgão será o designado “campeão da reconciliação e paz em África”, e será o mesmo a apresentar o relatório conforme determina o regulamento dos “Chefe de Estado campeões de África”. Se JL, for reeleito nas eleições em Angola, mantem-se nesta designação até ser rendido por um outro Chefe de Estado Africano.
No seu discurso o Chefe de Estado angolano agradeceu os seus colegas estadistas reconhecendo que : “acabei de ser designado por todos vos como campeão da reconciliação e paz em África, é uma honra ter merecido a vossa confiança, assumir esta responsabilidade, a qual dedicarei todo o meu empenho, e todas as minhas forças, não desmerecer esta aposta que recaiu sobre a minha pessoa, me obrigara a reforçar algumas iniciativas que fui tomando no âmbito da conferência internacional sobre a região dos grandes estendendo-as as outras zonas do nosso continente onde sempre que possível, desde que a nossa acção seja necessária, não pouparei esforços para levar ideias a estes pontos de modo a levar ideias de modo a ajudar pacificamente a ajudar resolver problemas e divergências ai existentes”
REPAROS
A TPA e a RNA, por descuido ou propositadamente estão a fazer crer aos seus ouvintes que a designação “campeão da reconciliação e paz em África”, é um prémio. A evidência, esta assente nas reações de Makuta Nkondo, Manuel Cangundo, Nuno Álvaro Dala, a VOA que consideram que o premio ao JL foi uma “palhaçada”. Outros (internautas) vão mais longe alegando que o prêmio foi comprado. Os três analistas entrevistados pela VOA foram vitimas da propaganda da media do regime, que ao invés de informar induziu todos ao erro, fazendo crer que o Presidente recebeu premio de “campeão da reconciliação e paz em África”.
José Gama
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
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