Jornalistas exigem melhores salários e equacionam possível greve



Numa altura em que os partidos políticos da oposição e uma franja da Sociedade Civil questionam o papel dos órgãos públicos da comunicação social a quem acusam de estar submetidos ao poder político, o ambiente nas redacções desses órgãos não é dos melhores.

Os jornalistas queixam-se de um salário de miséria que auferem e a possibilidade de greve já chegou a ser equacionada, novamente, para inverter o quadro.



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O qualificador ocupacional que para muitos jornalistas surgia como uma esperança para a melhoria dos seus salários está longe de corresponder às expectativas gerais.

Teixeira Cândido, o homem que lidera o Sindicato dos Jornalistas, reconhece a situação precária e refere que as empresas não valorizam os jornalistas. “As empresas criaram uma espécie de gestão como se fosse Função Pública. Tem que haver uma filosofia comercial diferente para que se possam auto-sustentar-se”, disse a “O Kwanza” o sindicalista.

Enquanto as empresas continuarem a ‘mamar’ das tetas do Estado dificilmente o quadro poderá mudar”.

Teixeira Cândido disse também que a principal função do qualificador ocupacional é velar pela carreira dos jornalistas.

“Esse foi o nosso primeiro passo. Os jornalistas não podem depender da”boa vontade” das chefias nas redacções para evoluírem nas suas carreiras”, frisou.

Recentemente, o jornalista sénior Nhuca Júnior, afecto à “Edicões Novembro” publicou nas redes sociais um texto que criou uma certa polémica no seio da classe e que com a devida vênia transcrevemos com as correções que se impunham:

“A meritocracia ainda é uma miragem nos órgãos de comunicação social públicos, onde até uma directora de gabinete de um PCA ganha mais do que um jornalista sénior. Isto é inaceitável. Só acontece em Angola. Qual é, então, o objecto social de uma empresa de comunicação? O Presidente da República deveria conhecer as “m” inaceitáveis que acontecem nos órgãos de comunicação social públicos, ouvindo os jornalistas, para não continuar a cometer erros quando nomeia os conselhos de administração. Preferi colocar o meu desabafo na minha página de Facebook e não num grupo de jornalistas no WhatsApp. As “antenas” podem fazer screenshot, enviando o meu texto para quem quer que seja. Estejam à vontade. Eu nunca me escondi e não sou de ficar em cima do muro. Eu sou o Nhuca Júnior, jornalista desde 1990 – há 32 anos. Mereço respeito e um salário digno e à dimensão das minhas competências profissionais. Quem não concordar com o que escrevi, então que vá à “m”.


O Kwanza 




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