No dia 29 do Janeiro (sábado), do corrente ano, pelas nove horas, numa das salas do Ulengo Shopping, a direcção da EPAL-EP, decidiu realizar uma Assembleia dos associados da Cooperativa Habitacional da mesma empresa, projecto que, é financiado de forma comparticipada pelos trabalhadores e uma girafa que a empresa alegadamente alocou ao projecto.
Volvidos cerca de dez anos desde a criação do projecto, o que se constata é o desvio dos fundos da cooperativa habitacional, bem como, o apossamento indevido dos respectivos imóveis, até agora construídos, por pessoas conhecidas pelos membros da direcção da empresa.
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Este imbróglio esteve na causa da última greve declarada pelos trabalhadores, sendo assim, na tentativa de resolver o problema em foco, foi convocada a reunião supracitada, estranhamente, a direcção da empresa assegurou a presença no local do evento com uma equipa de efectivos do SIC, que se faziam acompanhar por armamentos pesados. Outro acto insólito, foi a proibição da entrada no mesmo local, do representante legal dos trabalhadores, António Martins, que é o Primeiro Secretário da Comissão Sindical, por estas e outras irregularidades a reunião não foi realizada.
Segundo António Martins, que também é advogado de profissão; a manutenção da ordem pública deve estar garantida pela polícia civil e não por um órgão de polícia criminal, o mesmo, levanta suspeição de imparcialidade do SIC, nos processos em que foi constituído arguido, e que, estão a ser instruídos pelo SIC, pelo facto do mesmo denunciar insistentemente os maus actos de gestão, lesivos aos interesses do Estado angolano, estando sistematicamente a ser engendrados pelos gestores da empresa. Ainda lamenta pelo facto de, o pais estar mais militarizado do que, estava no tempo do conflito armado, e o Estado por sua vez, não assegura os direitos, liberdades e as garantias fundamentais dos cidadãos, plasmados na Constituição da República de Angola.
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