Quem acoberta o empresário com mais influência na Presidência de JLO?

Aos 62 anos,o israelita Haim Taib, filho de pais imigrantes da Tunísia, através da sua empresa Mitrelli Group, Ltd, tem beneficiado de vários contratos de obras e fornecimento material no consulado do Presidente da República, João Lourenço.

Mitrelli é, de resto, um dos grupos empresariais com mais influência na presidência de João Lourenço.

Dados da sua fundação revelam que o empresário israelita começou actividade comercial no país, em 1991, mas foi 2000, com a criação do seu portfólio, que Haim Taib se tornou um grande amigo do Governo angolano, ganhando simpatia por uma parte entourage presidencial.

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Dos seus negócios, revela o “Mercado”, o também presidente da Câmara do Comércio Angola e Israel encontra-se na saúde, construção, agricultura e mineração, assim como empresa de telecomunicações que fornece sistemas de vigilância activa para forças militares e serviços de informações, (Clinica Luanda Center, Geodata, Aquafish e a Owini e projecto Aldeia Nova).

Analistas aconselham o Presidente da República a desfazer-se de supostos grupos hegemónicos, por se tratar de empresas que possam beliscar a sua diplomacia económica, visto que, durante o seu périplo no ocidente e com o fito de contornar à crise, abriu mãos ao investimento estrangeiro.

Contratos na Presidência de JLO

As impressões do grupo Mitrelli em contratos e obras tem fortes ligações com políticos desde o anterior Governo do Presidente José Eduardo dos Santos, mas é neste período à covid-19, que o empresário israelita mais factura , de acordo com o “Mercado”.

A construção e apetrechamento, por exemplo, do novo centro para tratamento de doentes com coronavírus, na Zona Económica Luanda/Bengo, inaugurado, recentemente, por Presidente da República, foi equipado pelo influente empresário israelita.

Em junho deste ano, o Presidente da República, João Lourenço, através de um Despacho Presidencial nº 84/20, autorizou uma despesa no valor de 44 milhões 731 mil e 750 dólares, para construção da nova sede da Comissão Nacional Eleitoral e do Centro de Escrutínio Nacional, atribuindo a construção das infra-estruturas à Mitrelli Group, Ltd.

As “chuvas de contratos” não ficam apenas por estas empreitadas, pois, o que se saiba, citando à imprensa angolana, a Mitrelli, por meio da Clínica Luanda Medical Center, ficou com todo monopólio dos testes da COVID 19, deixando à mercê alguns agentes económicos que esperavam a responsabilidade a uma instituição pública tutelada pelo Ministério da Saúde.

A par de Angola, o fundador e presidente do grupo Mitrelli é pai de sete filhos e tem negócios espalhados por África, antiga União Soviética e a China.