Os acontecimentos ocorridos no Distrito do Benfica, Município do Talatona, Província de Luanda, no dia 10 de Janeiro de 2022 em consequência da greve dos taxistas que paralisou a mobilidade e a economia do País, foi aproveitada pelo Grupo Sectário do Regime que introduziu vândalos e arruaceiros devidamente instruídos com o objectivo de justificar os actos de subversão que têm estado a praticar e cuja finalidade era dar crédito as informações fornecidas a Sua Excelência senhor Presidente da República que, exteriorizou na entrevista colectiva do dia 06 de Janeiro de 2022 a cinco órgãos de comunicação social quando afirmava de forma categórica que, a oposição e a sociedade civil só sabiam praticar actos de vandalismo que consistiam em queima de pneus e partir vidros; coisa que do nosso ponto de vista nunca tinha acontecido até então.
Nos meus textos, tenho estado reiteradas vezes a chamar atenção a opinião pública sobre o comportamento padrão do Grupo Sectário cujo modus operandi caracteriza o MPLA desde 1975 com exemplos claros:
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a) O mito do pioneiro Augusto Ngangula;
b) O mito do pioneiro Zeca;
c) Os membros da FNLA comem carne de pessoas;
d) Samuel Abrigada roubou 100 mil contos;
e) Jonas Savimbi é animal e tem cauda;
f) O massacre do Pica-pau em Luanda;
g) O massacre de fiéis da igreja Tocoista em 1989 em Luanda Bairro Popular;
h) O genocídio de 27 de Maio de 1977;
i) Caça homem e massacre de dirigentes e militantes da UNITA em 1992;
j) Massacre permanente dos Lundas por causa dos diamantes;
k) Massacre dos Bacongos conhecido como sexta-feira sangrenta;
l) Genocídio do Monte-Sumi no Huambo no mês de Abril de 2015;
m) Tortura e assassinatos permanentes do povo de Cabinda;
n) Repressão e morte permanente de activistas cívicos
o) Etc. etc. etc.
Quem dirige o País, deve aprender a reconhecer e respeitar a dignidade dos governados.
Já no longínquo Séc. XVII, o filósofo francês Bossuet dizia que: Quem pressiona demasiado a mama para dela tirar o leite, ao aquecê-la e agita-la violentamente, tira manteiga; quem se assoa com muita força faz vir o sangue; quem pressiona demasiado os homens, excita revoltas e sedições.
Portanto, insistir em métodos sádicos para manietar e dominar o povo não se recomenda nos dias de hoje.
Quem acompanhou o discurso de Sua Excelência senhor Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço na abertura da Reunião do Conselho de Ministros ocorrida no dia 12 de Janeiro do corrente ano, ao abordar a problemática dos acontecimentos recentes no Distrito do Benfica, facilmente percebeu que Sua Excelência há muito deixou de ter opinião própria. Tudo que o nosso Presidente da República disse derivou de informações erróneas, falsas, caluniosas e manipuladas.
E aqui chegados, torna imperioso perguntar o seguinte. Estará Sua Excelência senhor Presidente da República com a sua alma totalmente capturada? Do meu ponto de vista a resposta é inequivocamente sim.
Porquanto, a frustração e saturação do povo perante o comportamento dos governantes incautos que têm na génese o autoritarismo, a mentira, a montagem de cenários, a manipulação e o vício da vida fácil, foi como sempre prontamente aproveitada e empolada pelo Grupo Sectário do MPLA que introduziu lúmpenes no seio da população descontente para vandalizar o seu próprio comité e outros actos subsequentes que pretendiam imputar a UNITA, o que de facto, veio a acorrer através de encenações previamente montados e que todos assistimos.
Entretanto, esse é o objectivo principal dos golpistas habituados a viver na confusão. Porquanto, o nosso País é dirigido por um Partido acéfalo que apenas incorporou o ideário comunista de Joseph Estaline da União Soviética, fascista de Benito Mussolini da Itália e Oliveira Salazar de Portugal, bem como o regime do apartheid implementado pelos Bôeres da Africa-do-Sul.
Inspirando-se nesses modelos de malfeitoria, o regime do MPLA sofisticou a crueldade desses ideários ao ponto de superar as matrizes originais tidas como as piores do mundo e criou o estado primitivo disfarçado do qual vai subjugando o povo a favor do grupo dominante, através do controlo e instrumentalização do poder judicial, das forças de defesa e segurança, do uso abusivo da comunicação social pública, da sociedade civil tutelada, dos partidos políticos na oposição tutelados, do clientelismo religioso, das autoridades tradicionais, culminando com o cúmulo da planificação, implementação e doseamento da pobreza por via da distribuição de esmolas para colher a gratidão e subserviência do povo.
Essa é a realidade do nosso País que se agravou com o sequestro de Sua Excelência senhor Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço que apesar da tendência manifestada no discurso da sua tomada de posse a 26 de Setembro de 2017, foi rapidamente esfumada por a sua alma ter sido capturada, alienada e absorvida pela força do grupo da máfia instalada no seu Partido que lhe padronizou e sedou, empurrando-o à agir nos termos mais vil contra o seu próprio povo.
A obsessão do poder pelo poder e a sua manutenção está a levar o regime a espezinhar e a subjugar o povo por via da violação clamorosa e flagrante da Constituição da República, da lei, da ética e moral, bem como todo o conjunto de valores de boa convivência a qual procede, através de actos bárbaros e impiedosos cujo ónus da sua irresponsabilidade com todo o cinismo e falta de pudor, tenta sempre transferir a UNITA, seu inimigo de estimação o qual usa para a descarga da incapacidade governativa; senão vejamos:
1. Quando faz demolições de residências de cidadãos culpabiliza a UNITA;
2. Quando os trabalhadores da EPAL entram em greve a culpa passa para a UNITA;
3. Quando os trabalhadores da TCUL reivindicam os seus direitos a culpa é logo transferida a UNITA;
4. Quando os médicos falam da melhoria das condições de trabalho e salariais a UNITA torna logo a culpada pela reivindicação;
5. Quando os enfermeiros ameaçam entrar em greve a culpa fica imediatamente com a UNITA;
6. Quando os professores do ensino superior tencionam entrar em greve a culpa recai logo a UNITA;
7. Quando os professores do ensino geral pensam em greve- a culpa é assacada a UNITA;
8. Quando os funcionários da PGR reclamam a culpa é da UNITA;
9. Quando os funcionários da justiça e dos tribunais reclamam condições de trabalho e aumento do salário a culpa fica com a UNITA;
10. Quando a ordem dos advogados se manifesta em protesto da violação das normas a culpa é transferida para UNITA;
11. Quando os oficiais superiores e generais das FAA na reserva reclamam dos seus subsídios que alegam ter sido cortados indevidamente a culpa fica com a UNITA;
12. Quando o povo recorre aos contentores de lixo a busca de restos de comida para se alimentar e matar a fome a culpa recai logo a UNITA;
13. Quando assassinou a mamã zungueira, Juliana Cafríque no Rocha Pinto a UNITA foi culpada de ter instigado as zungueiras;
14. Quando matou o jovem Inocêncio de matos a UNITA foi acusada de ter sido a culpada;
15. Quando praticou o Genocídio de Cafunfo a culpa foi transferida para a UNITA.
16. Quando os casos pandémicos da covid-19 aumentaram o Presidente da Repúblico acusou a UNITA de ter sido a responsável pelo contágio.
Portanto, é assim que o GRUPO SECTÁRIO do regime informa, intoxica e instrumentaliza Sua Excelência senhor Presidente da República de formas a se atirar contra o povo, enquanto vai satisfazendo os seus caprichos.
Aqui chegados, todos devemos parar, reflectir e agir para ajudarmos o nosso País a resgatar os pilares do estado democrático de direito, erigidos com suor e sangue de filhos desta pátria.
Esse desafio exige de todos independentemente da filiação partidária, especialmente dos patriotas filiados no Partido MPLA (pois, é o Partido que está a governar) um compromisso e uma atitude determinada à materializar o sonho dos angolanos, por uma Angola onde todos dormimos e acordamos com a certeza de uma pátria pronta para atender todos os seus filhos na satisfação das principais inquietações, necessidades e aspirações.
Joaquim Nafoia
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