Não sou camaleão- Graça Campos



Num grupo de WhatsApp, denominado Perspectivas e Análises, de que é membro, Celso Malavoloneque volta a colocar-me no mesmo patamar em que coloca o director do portal Club-K e diz que “com o José Gama (e alguns outros "analustas" da praça como o Graça Campos) já se sabe a que conclusão vão chegar”. 

Não falo pelo José Gama, cuja linha de pensamento em relação aos dois grandes partidos angolanos é conhecida publicamente.

Falo exclusivamente por mim e, por mais paradoxal que possa parecer, concordo com o Celso Malavoloneque.



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Na verdade, os mesmos processos ou fenómenos analisados a partir ou com base nos mesmos elementos conduzem, inevitavelmente, às mesmas conclusões.

Quem acompanha as análises que faço à gestão do Presidente da República desde 2021 até aos dias dificilmente me verá afastado das mesmas conclusões, das mesmas decepções. 

É assim que me guio desde que me conheço a dirigir órgãos de imprensa.

No que eu divirjo profundamente com o Celso é na adequação dos resultados das análises aos seus interesses individuais.

As análises de Celso Malavoloneque têm, invariavelmente, conclusões diferentes porque, embora, aparentemente, partam das mesmas premissas terminam com resultados contrários uns dos outros.

Por exemplo, nos (20 10/11) em que participava dos debates de sábado promovidos pela Rádio Eclésia, Celso Malavoloneque tinha do MPLA a convicção de uma associação de criminosos. 

A rádio da Igreja Católica angolana ainda tem intactos os registos magnéticos em que Celso Malavoloneque cobria os dirigentes do MPLA e do Governo com os mais torpes insultos.

Quem tem boa memória, ainda se lembrará que, no recente fechado programa Conversas EntreCruzadas, da rádio MFM, Celso Malavoloneque responsabilizou, de forma obsessiva, o Presidente João Lourenço pelo mau momento por que passa a comunicação social. Segundo ele, o crime do Presidente da República consistiu em substituir a liderança do Ministério da Comunicação Social, de que ele era secretário de Estado.

 Tendo conseguido encafuar-se no Comité Central do MPLA, que agora ganhou feições do tamanho de um bairro, Celso Malavoloneque já não vê mal nenhum que o Presidente João Lourenço tenha afastado João Melo e sua equipa do Ministério da Comunicação Social. Para Celso Malavoloneque os problemas actuais da comunicação social angolana radicam exclusivamente na incapacidade dos seus integrantes.

Apesar de reivindicar formação superior em todas as áreas do saber, Celso Malavoloneque não tem peras para andar sozinho. Precisa de agarrar-se as cavalitas alheias.

Depois de estranhas artes e magias ter conseguido chegar ao Comité Central de um partido a respeito do qual há menos de uma década dizia as maiores cobras e lagartos, Celso persegue agora o seu “programa maior, que  é a inclusão do seu nome num lugar elegível da disputadíssima lista de deputados do MPLA.  A Assembleia Nacional é que proporciona o Lexus com que sempre sonhou e nunca conseguiu comprar; a Assembleia Nacional é que garante uma reforma dourada se completar dois mandatos seguidos; a Assembleia Nacional é que proporciona passaportes diplomáticos a deputados e suas proles. Mas para chegar lá,  Celso Malavoloneque persiste no mesmo caminho que lhe garantiu sucesso até agora: a mentira, intriga, inveja, a maledicência e a insolência – há poucos dias gabou-se, num circulo de militantes do MPLA , de que ele e outros “recebemos de braços abertos o Ju Martins. Afinal, ele é um filho da casa e por isso recebemo-lo bem”. Ele, Celso, que mal acaba de chegar ao CC gaba-se de ter “recebido de braços abertos” alguém como Ju Martins, que, não sendo do secretariado do Bureau Politico nunca, porém, deixou de ser membro daquele órgão...

Eu não consigo travestir-me em camaleão. E não invejo o Celso por ter essa capacidade...



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