Fracasso dos projectos do ministro Queirós: Carta ao ministro da justiça e dos direito humanos


Excelências,


Há quatro semanas que tenho caducado o meu Bilhete de Identidade e, por conta disto, como deverá imaginar o senhor Ministro, não consigo fazer praticamente nada. 



Com o argumento de reduzir as enchentes registadas nos postos de atendimento de identificação civil e registo criminal, o Ministério da Justiça e dos Direito Humanos, dirigido por Vossas Excelências, inventou que o atendimento deve ser feito por marcação antecipada.



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Acontece que o contacto posto à disposição da população está quase sempre inoperante. Muitas vezes, ocupado. Quando se tem a sorte de o telefone chamar, ninguém o atende. Ou se entendem, a marcação é para daqui... a 30 dias.


Assim, Sr. Ministro Queirós, fica difícil a um cidadão não fazer recurso a meios ilícitos para ver resolvida a sua situação. 


Assim, Sr. Ministro, fica difícil um cidadão não usar os contactos de que dispõe. 


Fica insustentável para o cidadão ser cumpridor das normas (leis), quando a estrutura montada pelas instituições públicas força o cidadão a optar por um método imoral, sob pena de viver na mendicidade. 


Assim, estimado ministro da Justiça, é impossível construirmos uma sociedade civilizada. 


É necessário pôr de lado a política demagógica  e trabalhar na construção de modelos próximos da nossa realidade. Um modelo em que as pessoas, não importa o estatuto social, se sintam parte da solução. Não se pode importar realidades como a da Noruega para Angola. 


Ainda é tempo de corrigir o erro.


Luanda, 20 de Janeiro de 2022.


Nélson Francisco Sul 



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